Caudron G.3

Caudron G.3
Avião
Caudron G.3
Descrição
Tipo / Missão Reconhecimento
País de origem  França
Fabricante Caudron
Período de produção 1914-?
Quantidade produzida 2849
Desenvolvido de Caudron G.2
Primeiro voo em 1913 (111 anos)[nota 1]
Introduzido em 1914[nota 1]
Variantes
  • A.2
  • D.2
  • E.2
  • R.1
  • L.2
  • LD.3
  • LD.4
Tripulação 1
Especificações
Dimensões
Comprimento 6,40 m (21,0 ft)
Envergadura 13,40 m (44,0 ft)
Altura 2,50 m (8,20 ft)
Área das asas 27 m² (291 ft²)
Alongamento 6.7
Peso(s)
Peso vazio 420 kg (926 lb)
Peso máx. de decolagem 710 kg (1 570 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 x motor a pistão giratório Le Rhône 9C
Potência (por motor) 80 hp (59,7 kW)
Performance
Velocidade máxima 106 km/h (57,2 kn)
Teto máximo 4 300 m (14 100 ft)
Notas
Armas opcionais: 1 x metralhadora leve e bombas de mão
Dados de: Suomen ilmavoimien lentokoneet e The Encyclopedia of World Aircraft[nota 2]
Aviso

O Caudron G.3 foi um biplano monomotor construído pelos irmãos Gaston e René Caudron, tendo sido amplamente utilizado na Primeira Guerra Mundial como uma aeronave de treinamento e reconhecimento.

Foi o primeiro avião a realizar um loop em acrobacia aérea, em 1913 e a cruzar os Andes, em 1921.[1] No Brasil se destacou por ter sido utilizado pela aviadora Anésia Pinheiro Machado no voo São Paulo/Rio de Janeiro em 9 de setembro de 1922.[1]

Desenvolvimento

O Caudron G.3 foi projetado como um aperfeiçoamento do Caudron G.2 que o antecedeu. Essa aeronave fez seu primeiro voo em maio de 1914, no aeródromo Crotoy Le.

Esse aeroplano possuía uma fuselagem bem característica: biplano; cockpit curto, com o motor fixo ao nariz da nacele; e empenagens múltiplas.

Com a eclosão da Primeira Guerra Mundial ele foi produzido em grandes quantidades: 2.450 exemplares na França, 233 na Inglaterra, e 166 na Itália. Por ato de patriotismo, os irmãos Caudron não cobraram seus direitos de licenciamento para a fabricação.

Posteriormente foi substituído Caudron G.4, na versão bimotor.

Histórico operacional

No princípio da guerra o G.3 equipou a Esquadrilha C.11 do Exército do Ar Francês; adaptado para uso em reconhecimento, onde se mostrou confiável e resistente. Entretanto, devido sua baixa potência, além fato de estar de fracamente armado, tornou-a demasiado vulnerável para emprego na linha de frente; sendo afastado do serviço em 1916.[2]

Em Portugal, foram utilizados desde a primeira Escola de Aeronáutica Militar portuguesa, em 1916.[3] Também foi a primeira aeronave a ser produzida no país. Fabricado, a partir de 1922, sob licença, pelo Parque Militar de Aeronáutica, em Alverca, num total de 50 aviões que complementaram os 6 exemplares adquiridos em França, em 1916.[4] Foram utilizados na Escola Militar de Aviação - E.M.A. - em Sintra. Seis deles foram do Grupo de Esquadrilhas de Aviação de Angola de 1921 a 1924.[4] Permaneceram em serviço até 1933.[4]

A Itália empregou o G. 3 para o reconhecimento até 1917; assim como a Força Aérea Real, para ataque ao solo com metralhadoras e lançamento de bombas leves.

Na China o G. 3 permaneceu em uso até o Incidente de Mukden; os quais foram posteriormente capturados pelos japoneses.

Variações

  • Modelo A.2 - Foi a principal versão dos G.3s, tendo sido usado para reconhecimento na frente ocidental, na Rússia e no Oriente Médio.
  • Modelo D.2 - Versão de treinamento biplace, com comandos duplos.
  • Modelo E.2 - Versão básica para treinamento.
  • Modelo R.1 - Versão usada pela França e EUA.
  • Modelo G.12 - Versão equipada com motor radial, Anzani 10, de 100 HP.
  • Modelo LD.3 e LD.4 - Cópia desenvolvida na Alemanha, com motores Gothaer Waggonfabrik.

Exemplares preservados

Operadores

 Argentina
 Austrália
 Bélgica
 Brasil
 Colômbia

 Dinamarca
El Salvador
 Estados Unidos
 Finlândia
 França

 Grécia
 Italy
 Japão
 Peru

 Polónia
Portugal Portugal
 Reino Unido
 Romania

 Rússia
 Sérvia
Taiwan
 Venezuela

Galeria de imagens

Ver também

Notas

  1. a b Holmes, 2005. p 26.
  2. Donald 1997, p.233.

Bibliografia

  • Holmes, Tony (2005). Jane's Vintage Aircraft Recognition Guide. London: Harper Collins. ISBN 0-00-719292-4.
  • Donald, David (Editor) (1997). The Encyclopedia of World Aircraft. Aerospace Publishing. ISBN 1-85605-375-X.

Referências

  1. a b Página sobre o Caudron G.3 no Museu Aerospacial.
  2. The Encyclopedia of World Aircraft; de David Donald; Aerospace Publishing; 1997; ISBN 1-85605-375-X.
  3. FERREIRA, José Barros . O Patrulhamento Marítimo em Portugal.
  4. a b c Página do Museu do Ar, Força Aérea Portuguesa.

Ligações externas

Commons
Commons
O Commons possui imagens e outros ficheiros sobre Caudron G.3
  • Hidroaviões dos irmãos Caudron (em francês)
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