Eleições presidenciais na Turquia (2007)

As eleições presidenciais de 2007 na Turquia realizar-se iam previsivelmente entre Abril e Maio de 2007, num máximo de quatro voltas a realizarem-se nos dias 27 de Abril, 2 de Maio, 9 de Maio e 15 de Maio de 2007.

A eleição do presidente da Turquia é feita de forma indirecta, através dos votos dos 550 membros do parlamento turco.

A eleição do presidente só é conseguida com dois terços dos votos (367) nas duas primeiras voltas ou maioria absoluta (276 votos) nas duas últimas.[1]

Candidaturas

Apresenta-se à eleição um único concorrente, o actual Ministro dos Negócios Estrangeiros, Abdullah Gül, o qual concorre pelo partido governamental, o Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de tendências claramente islâmicas.[2]

Houve uma segunda candidatura, de Ersönmez Yarbay, advogado e deputado por Ancara pelo AKP, o qual se retirou da corrida antes de ser iniciada a votação.[3]

27 de Abril

A Primeira Volta das Presidenciais turcas foi inconclusiva, com Abdullah Gul a conseguir apenas 357 votos, 10 a menos do que necessitava para ser eleito.[4] Houve ainda 3 abstensões e 1 voto inválido.[3] Estiveram presentes nesta votação 361 dos 550 deputados do parlamento turco.

6 de Maio

Neste dia foi tentada uma nova volta para eleger o Presidente da Turquia, mais uma vez boicotada pela oposição, que não compareceu em número suficiente para que a sessão tivesse quorum (estiveram presentes 358 deputads dos 367 necessários), o que levou Abdullah Gul a desistir da corrida.[5]

Anulação

A oposição interpôs recurso no Tribunal Constitucional alegando falta de Quorum na Primeira Volta e pedindo a anulação das eleições.

Este Tribunal acabou por dar razão à oposição no dia 1 de Maio de 2007, anulando as Presidenciais de 2007.

O partido AK, de Erdogan e Gul, pediu que o Parlamento convocasse eleições gerais antecipadas para tentar resolver o impasse. O comité constitucional do Parlamento propôs no dia 2 de Maio que as eleições se realizassem no dia 22 de Julho de 2007, ficando dessa forma a escolha do Presidente da Turquia nas mãos da nova Assembleia.[6]

Na sessão de 6 de Maio ficou decidido que o Presidente da Turquia passaria a ser eleito por voto popular para mandatos de cinco anos com um máximo de dois mandatos consecutivos, ao contrário do que era ditado pela Constituição turca que definia que o Presidente era eleito pelo Parlamento para um mandato único de sete anos.[5]

Fontes

  1. http://www.cosmo.com.br/brasilemundo/integra.asp?id=192407  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2007/04/24/ministro_do_exterior_vai_disputar_presid234ncia_na_turquia_763209.html  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  3. a b «Cópia arquivada». Consultado em 29 de abril de 2007. Arquivado do original em 27 de setembro de 2007 
  4. http://www.comuniweb.com.br/?idpaginas=20&idmaterias=247312  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  5. a b http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/story/2007/05/070506_turquia_dg.shtml  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  6. «BBCBrasil.com | Notícias | Primeiro-ministro turco critica decisão de tribunal». www.bbc.com. Consultado em 29 de janeiro de 2024 
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