Elisabeth Kübler-Ross

Elisabeth Kübler-Ross
Elisabeth Kübler-Ross
Nascimento 8 de julho de 1926
Zurique
Morte 24 de agosto de 2004 (78 anos)
Scottsdale
Sepultamento Paradise Memorial Gardens
Cidadania Estados Unidos, Suíça
Filho(a)(s) Ken Ross
Alma mater
  • Universidade de Zurique
  • University of Colorado Denver Department of Medicine
Ocupação psiquiatra, ensaísta, escritora
Prêmios
Empregador(a) Universidade de Chicago
Obras destacadas Modelo de Kübler-Ross, Kübler-Ross and Bioethics: A Cautionary Tale, Elisabeth Kübler-Ross
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Elisabeth Kübler-Ross, M.D. (8 de julho de 1926 — 24 de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na Suíça. Ela é a autora do livro On Death and Dying, no qual ela apresenta o conhecido Modelo de Kübler-Ross. Após uma série de derrames cerebrais, Elisabeth faleceu aos 78 anos em Scottsdale, Arizona. Em 2007 ela foi eleita para o National Women's Hall of Fame dos Estados Unidos.[1]

A publicação de seu livro mais famoso em 1969 On Death and Dying marcou o rumo de seu trabalho, enriquecido posteriormente com contribuições de especialistas de uma área específica da profissão médica, a tanatologia. Nesse livro, ela identifica fases nos períodos que antecedem a morte e cria métodos para médicos, enfermeiros e familiares acompanharem e ajudarem um paciente gravemente enfermo. Neste livro, Elisabeth não pretendeu criar um modelo rígido para os estágios do processo do morrer, mas simplesmente dar voz a pacientes que tinham doenças graves, a fim de que tivessem reconhecido o seu verdadeiro lugar na sociedade.

Elisabeth foi pioneira no tratamento de pacientes em estado terminal, no âmbito dos Estados Unidos da América e de diversos países do mundo, sendo reconhecida por líderes mundiais no campo, como Dame Cicely Saunders, Dr. Balfour Mount e Florence Wald.[2] Ela deu o impulso para a criação de sistema de Hospices específicos para pessoas gravemente doentes nos Estados Unidos, que são estabelecimentos para internar e cuidar de pacientes em estágio terminal.

Na década de 1970, reivindicou o direito de crianças e adolescentes de receberem cuidados paliativos de qualidade, tendo trabalhado por anos exclusivamente com crianças gravemente enfermas e suas famílias.[3] Ainda durante a década de 1970, iniciou uma série de workshops intitulados Life, Death and Transtion, para ajudar pacientes, famílias e pessoas enlutadas a encontrar sentido, dignidade e paz em suas vidas. Esses workshops foram oferecidos nos Estados Unidos e em diversos países do mundo, com a ajuda do time de profissionais que Elisabeth treinou.[4]

Na década de 1980, Elisabeth Kübler-Ross dedicou-se a cuidar de pacientes com HIV/AIDS, lutando para melhorar a qualidade de vida deles, em uma época em que se desconhecia exatamente os meios de controlar a doença.[5] Na década de 1990, como desejava abrir na Virgínia um Hospice para crianças com HIV/AIDS, em sua própria fazenda, mas teve seus planos frustrados em virtude de um incêndio, com forte suspeita da participação de alguns grupos de moradores locais que não desejavam a abertura do estabelecimento.[6]

No final de sua carreira, Elisabeth dedicou sua pesquisa à verificação da suposta "vida após a morte", fazendo, com sua equipe, milhares de entrevistas com pessoas que relataram experiências de uma suposta morte (pessoas que morreram por alguns instantes e voltaram), também chamadas de experiências de quase morte (EQM). Esse novo interesse da especialista na época foi recebido com ceticismo pela maioria dos cientistas e médicos.

Recebeu mais de 20 títulos de doutorado honoris causa, sendo reconhecida em diversas universidades em todo o mundo como uma autoridade nos estudos sobre a morte e o morrer.[7] Atualmente, a Elisabeth Kübler-Ross Foundation (EKR Foundation) representa o seu legado em todo o mundo, tendo em diversos países, e também no Brasil, uma filial da EKR Foundation, que tem por finalidade difundir o legado da vida de Elisabeth Kübler-Ross.[8]

Recentemente, parte dos arquivos pessoais de Elisabeth Kübler-Ross foi doado pela EKR Foundation à Faculdade de Medicina da Universidade de Stanford, incluindo-se cartas pessoais, artigos de jornais, manuscritos inéditos da história do Movimento Hospice, além de centenas de outros itens.[9]

Fases do luto de Ross: Choque, negação, raiva, negociação, depressão ou aceitação

Obras

  • KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Sobre a Morte e o Morrer. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1969.
  • KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Morte – estágio final da evolução. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 1975.
  • KÜBLER-ROSS, Elisabeth. Perguntas e respostas sobre a Morte e o Morrer. São Paulo: Martins Fontes, 1979.
  • KÜBLER-ROSS, Elizabeth. A morte: um amanhecer. São Paulo: Pensamento, 1991.[10]
  • KÜBLER-ROSS, Elisabeth. A roda da vida: memórias do viver e do morrer. Rio de Janeiro: GMT, 1998.

Referências

  1. «Elisabeth Kübler-Ross». Women of the Hall. National Women's Hall of Fame. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2008 
  2. ROSS, Ken (2009). Tea with Elisabeth: tributes to hospice pioneer Dr. Elisabeth Kübler-Ross. Arizona: Quality Of Life Publishing Co. 243 páginas 
  3. KüBLER-ROSS, Elisabeth (1997). On children and death. New York: Scribner. 271 páginas 
  4. KüBLER-ROSS, Elisabeth (1997). Working in Through. New York: Simon & Schuster. 167 páginas 
  5. KüBLER-ROSS, Elisabeth (1987). Aids: the ultimate challenge. New York: Macmillan Pub Co. 329 páginas 
  6. KüBLER-ROSS, Elisabeth (1998). A roda da vida. Rio de Janeiro: Sextante. 320 páginas 
  7. «Honorary Degrees». Elisabeth Kübler-Ross Foundation. Consultado em 1 de março de 2020 
  8. «Internacional Chapters». Elisabeth Kübler-Ross Foundation. Consultado em 1 de maio de 2020 
  9. «What the Elisabeth Kübler-Ross Arquives means to the department of medicine». Stanford University. Consultado em 1 de março de 2020 
  10. Lanzellotti, Maria de Lourdes (2003). A morte: um amanhecer. [S.l.]: Editora Pensamento. 110 páginas. ISBN 9788531509551 
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