Lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade no Paraguai

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) propôs um plano de proteção ao patrimônio cultural do mundo, através da Convenção sobre o Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, cujo processo de implementação teve início em 1997 e foi oficializado em 2003.[1] Esta é uma lista do Patrimônio Cultural Imaterial existente no Paraguai, especificamente classificada pela UNESCO visando catalogar e proteger manifestações da cultura humana no país. O Paraguai ratificou a convenção em 14 de setembro de 2006, tornando suas manifestações culturais elegíveis para inclusão na lista.[2]

A manifestação cultural Práticas e conhecimentos tradicionais do tereré na cultura de pojhá ñaná foi a primeira manifestação do Paraguai incluída na lista do Patrimônio Cultural Imaterial da UNESCO por ocasião da 15.ª Sessão do Comitê Intergovernamental para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade, realizada virtualmente em 2020.[3] Desde então, esta é a única manifestação cultural do Paraguai classificada como Patrimônio Cultural Imaterial.

Bens imateriais

O Paraguai conta atualmente com as seguintes manifestações declaradas como Patrimônio Cultural Imaterial pela UNESCO:

Práticas e conhecimentos tradicionais do tereré na cultura de Pohã Ñaná
Bem imaterial inscrito em 2020.
As práticas e conhecimentos tradicionais do tereré na cultura de Pohã Ñaná, bebida ancestral guarani no Paraguai, são difundidos no território paraguaio e envolvem uma variedade de portadores. Tereré é uma bebida tradicional preparada em jarra ou garrafa térmica, na qual água fria é misturada com Pohã Ñana triturada em um almofariz. É servido em um copo pré-cheio de erva-mate e chupado com uma bombilla (canudo de metal ou cana). O preparo do tereré é um ritual íntimo que envolve uma série de códigos pré-estabelecidos e cada erva Pohã Ñana traz benefícios à saúde ligados à sabedoria popular passada de geração em geração. As práticas tereré na cultura de Pohã Ñana são transmitidas nas famílias paraguaias desde aproximadamente o século XVI. O conhecimento tradicional sobre os atributos curativos das ervas medicinais que compõem a Pohã Ñana e seu uso correto também são transmitidos espontaneamente no seio da família. Nos últimos anos, o número de aprendizes aumentou, mas a transmissão familiar continua sendo o principal modo de transmissão. A prática do Terere na cultura de Pohã Ñana fomenta a coesão social, pois o tempo e o espaço dedicados ao preparo e consumo do tereré promovem a inclusão, a amizade, o diálogo, o respeito e a solidariedade. A prática também fortalece a valorização das novas gerações pelo rico patrimônio cultural e botânico de origem guarani. (UNESCO/BPI)[4]

Ver também

Referências

  1. «Convenção para a Proteção do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade». UNESCO. 17 de outubro de 2003 
  2. «Paraguai». UNESCO 
  3. «Fifteenth session of the Intergovernmental Committee for the Safeguarding of the Intangible Cultural Heritage». UNESCO 
  4. «Práticas e conhecimentos tradicionais do tereré na cultura de Pohã Ñaná». UNESCO 
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