Melanosuchus

 Nota: Para outros significados, veja Melanosuchus (desambiguação).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaMelanosuchus
Ocorrência: Mioceno - Recente
Um jacaré-açu (Melanosuchus niger) nadando em trecho de rio. A espécie em questão é o único representante vivo do gênero Melanosuchus.
Um jacaré-açu (Melanosuchus niger) nadando em trecho de rio. A espécie em questão é o único representante vivo do gênero Melanosuchus.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Crocodilia
Família: Alligatoridae
Género: Melanosuchus
Spinx, 1825
Sinônimos
  • Champsa
    — Wagler, 1830
  • Jacaretinga
    — Vaillant, 1898

Melanosuchus é um gênero de répteis da família Alligatoridae, sendo um grupo-irmão do gênero Caiman. Possuindo como único representante vivo na atualidade o jacaré-açu.

Características

Os jacarés do gênero Melanosuchus são caracterizados pelo grande porte físico, estando dentre os maiores membros da subfamília Caimaninae. Sendo enormemente adaptados a vida aquatica. São animais robustos que possuem mordidas excepcionalmente fortes, geralmente para predar quelônios e crustáceos. Possuem poucos predadores naturais, sendo geralmente caçados por grandes serpentes, crocodilianos maiores e grandes felinos.

Filogenia

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Melanosuchus fisheri

Melanosuchus niger

Melanosuchus latrubessei

Se desconhece o ancestral do gênero, mas especula-se que o ancestral mais antigo seja a espécie fóssil Tsoabichi greenriverensis, ancestral compartilhado com os jacarés do gênero Caiman e Paleosuchus e outros gêneros extintos próximos[1].

Espécies

O gênero possui três espécies reconhecidas, das quais somente uma é vivente. O gênero originou-se e desenvolveu-se na América do Sul, sendo atualmente predadores de ponta, evidenciando grande sucesso ecológico

  • Melanosuchus fisheri (jacaré-açu-miocênico) - a maior das 3 espécies, bem como significativamente mais velha que as demais. É um grande predador que adaptou-se aos cenários oceânicos que inundaram o ecossistema amazônico, sendo um análogo pré-historico ao crocodilo marinho. Provavelmente se sobrepôs as outras duas espécies, suas relações ecológicas interespecíficas são desconhecidas.
  • Melanosuchus latrubessei (jacaré-brasileiro) - sendo similar em porte ao jacaré-açu moderno, era predatório de maiores formas de vida. Foi simpátrico à grandes crocodilianos como o purussaurus o que impediu a ocupação desta espécie do pódio da cadeia alimentar.
  • Melanosuchus niger (jacaré-açu) - sendo a única espécie existente do gênero, é o atual superpredador amazônico. Medindo cerca de 5 metros e pesando 400 kg é uma das maiores espécies de répteis do mundo moderno. O jacaré-açu alimenta-se de capivaras, peixes e jacarés menores, botos, piranhas e outros animais simpátricos[2][3]. Com raramente juvenis podem ser predados por onças pintadas[4][5].

Referências

  1. Hastings, A. K.; Bloch, J. I.; Jaramillo, C. A.; Rincon, A. F.; MacFadden, B. J. (2013). «Systematics and biogeography of crocodylians from the Miocene of Panama». Journal of Vertebrate Paleontology. 33 (2). 239 páginas. Bibcode:2013JVPal..33..239H. doi:10.1080/02724634.2012.713814Acessível livremente 
  2. «Caiman kills dolphin». YouTube 
  3. Martin AR, Da Silva VM (2006). «Sexual dimorphism and body scarring in the boto (Amazon river dolphin) Inia geoffrensis». Marine Mammal Science. 22 (1): 25–33. Bibcode:2006MMamS..22...25M. doi:10.1111/j.1748-7692.2006.00003.x 
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