Nêustria



Neustrie
Nêustria

Parte do Reino Franco


511 – 751
Continente Europa
Capital Não especificada
Governo Não especificado
História
 • 511 Fundação
 • 751 Dissolução

O território da Nêustria surgiu em 511 d.C., compreendendo a região desde a Aquitânia até o Canal da Mancha, correspondente à maior parte do norte da atual França, tendo como principais cidades Paris e Soissons. A Nêustria formava a porção ocidental do Reino Franco sob a dinastia merovíngia, entre os séculos VI e VIII.

A Nêustria foi criada com a partilha do Reino Franco entre os descendentes de Clóvis I em 511. As constantes redivisões de território causaram rivalidades que mantiveram a Nêustria e a Austrásia (a porção oriental do Reino Franco) em constante estado de guerra.

Em 687, Pepino de Herstal, prefeito do palácio do rei da Austrásia, derrotou os nêustrios em Tertry e unificou a Austrásia e a Nêustria. Os seus descendentes - os carolíngios - continuaram a governar os dois reinos como prefeitos. Com a bênção do papa, Pepino, o Breve, depôs o rei merovíngio em 751 e assumiu o controle direto do Reino Franco. Assim, as principais áreas do Reino Franco - Nêustria, Austrásia e Borgonha (V. burgúndios) foram unificadas sob uma única autoridade e os termos "Nêustria" e "Austrásia" gradualmente desapareceram.

Etimologia

Do francês Neustrie, este do latim tardio Neuster, provavelmente advindo do germânico Nebastra, do indo-europeu Nebhos, "nevoeiro", por oposição a austra, "região da aurora, leste" (fonte: José Pedro Machado, Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa).

Reis da Nêustria

Mordomos do Palácio

Ver artigo principal: Prefeito do palácio

O cargo de mordomo do palácio da Nêustria foi, em grande parte, ocupado pelos pipinidas e arnulfidas.

  • Mumolino - (566)
  • Bodegisel - (561-581)
  • Landrico – (581-600). Foi mordomo sob o reinado de Clotário II e, provavelmente, também na Austrásia. Segundo alguns autores, Landrico ou Landerico de Latour, foi responsável, juntamente com a rainha Fredegunda, de quem era amante, de tramar a morte do rei Quiperico I, quando este retornava da caça.
  • Ansberto - (600-605)
  • Brunealdo - (605-612)
  • Gondoaldo ou Gondolando - (613-632)
  • Aega - (632-(640). Mordomo também na Borgonha
  • Erquinoaldo - (641-658). Conhecido como Erquevaldo, Arquembaldo ou Archambauld de Waldbourg, era parente de Dagoberto I e foi mordomo dos três reinos: Austrásia, Nêustria e Borgonha
  • Ebroino - (658-670). Deposto
  • Aubedo - (670-673)
  • Vulfoaldo – (662-680). Também mordomo da Austrásia (673-675)
  • Leudésio- (673-676) . Filho de Erquinoaldo e sua esposa Leutsinde. Tornou-se mordomo do Palácio da Nêustria com o apoio de Leudegário, bispo de Autun, no segundo reinado de Teodorico III. Foi assassinado por Ebroino o substitui em (676).
  • Ebroino - (676- † 680). Restaurado
  • Varaton - (680/681-684). Destituído por seu filho Gistemário.
  • Gistemário - (684-684). Destituiu o pai mas morre pouco depois.
  • Varaton - (684-686). Restaurado
  • Bertário - (686-687). Genro de Varaton, foi vencido na batalha Tertry por Pepino de Herstal, em (687) e assassinado em 688 ou 689.
  • arnulfidas ou carolíngios
  • Pepino II - (687-714). Sobrinho de Grimoaldo I, Foi mordomo também dos palácios da Austrásia (680-698) e Borgonha (687-700).
  • Norberto [desambiguação necessária] - (687-695). Não arnulfida. Foi apenas um representante de Pepino II na corte, era este quem detinha o verdadeiro poder.
  • Grimoaldo II - (695-714). Filho de Pepino de Herstal, mordomo também do Palácio da Austrásia (698-714)
  • Teodoaldo - (714-715). Filho ilegítimo de Grimaldo II, foi também mordomo do palácio da Austrásia. Os nobres da Nêustria o expulsaram em 715.
  • Ragenfrido ou Ranfroy - (715-718). Não arnulfida, tomou o poder na Nêustria em 715 mas foi derrotado por Carlos Martel em 717 e, depois em 718. Em 731 exilou-se e morreu pouco depois.
  • Carlos Martel - (718-741). Filho ilegítimo de Pepino de Herstal, mordomo também dos palácios da Austrásia (715-741), Borgonha (719-741) e Duque de França (737-741).

Pepino III - (741-751). Filho de Carlos Martel. Também mordomo dos palácios da Austrásia (747-751) e Borgonha (741-751) e Rei de França (751-768)

Ver também

Ligações externas

  • «Reis Merovíngios» 
  • «História da França» 
  • «Genealogia» 
  • «Coronologia dos Mordomos de Palácio» 
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