Henrique de Barros Gomes

Henrique de Barros Gomes
Henrique de Barros Gomes
Retrato de Barros-Gomes, da autoria de F. da Costa, 1900. (Museu do Banco de Portugal)
Ministro da Fazenda Reino de Portugal Portugal
Período 1 de junho de 1879 a 25 de março de 1881;

23 de fevereiro de 1889 a 9 de novembro de 1889

Ministro dos Negócios Estrangeiros Reino de Portugal Portugal
Período 20 de fevereiro de 1886 a 14 de janeiro de 1890;

7 de fevereiro de 1897 a 10 de março de 1897;

8 de novembro de 1897 a 18 de agosto de 1898

Ministro da Marinha e Ultramar Reino de Portugal Portugal
Período 5 de agosto de 1886 a 27 de setembro de 1886;

9 de maio de 1887 a 15 de setembro de 1887;

13 de julho de 1888 a 23 de fevereiro de 1889;

7 de fevereiro de 1897 a 8 de novembro de 1897

Dados pessoais
Nascimento
Mártires, Lisboa
Morte 15 de novembro de 1898 (55 anos)
Quinta das Ladeiras, Alcanhões, Santarém
Nacionalidade Portugal Reino de Portugal Portugal
Progenitores Mãe: D.ª Maria Leocadia Fernandes Tavares de Barros
Pai: Dr. Bernardino António Gomes
Cônjuge D.ª Rita Pinheiro Pessoa de Barros e Sá
Partido Partido Histórico

Partido Progressista

Profissão Engenheiro, Matemático, Diplomata e Político
Assinatura Assinatura de Henrique de Barros Gomes

Henrique de Barros Gomes GCC; GCTE (Lisboa, 14 de setembro de 1843 — Quinta das Ladeiras, Alcanhões, 15 de novembro de 1898), político português, ligado ao Partido Progressista, que entre outras funções foi: deputado, diretor do Banco de Portugal e ministro dos Negócios da Fazenda, dos Negócios Estrangeiros e da Marinha e Ultramar.

Reformador e impulsionador do novo regime de Contabilidade Pública, que no essencial predominaria até à atualidade e que introduziu importantes inovações tributárias: décima de juros[1] e o imposto de selo.

Notabilizou-se pela forma como lidou com a crise colonial suscitada pelas questões emergentes da recusa do mapa cor-de-rosa e do ultimato britânico de 1890.

Foi sócio fundador da Sociedade de Geografia de Lisboa (1875), vice-presidente da Associação Comercial de Lisboa e da Cruz Vermelha Portuguesa.[2] Foi agraciado com diversas condecorações nacionais e estrangeiras.

Biografia

Henrique de Barros Gomes nasceu em Lisboa, a 14 de setembro de 1843, filho de Bernardino António Gomes, médico da Real Câmara e introdutor do uso do clorofórmio em Portugal, e de D.ª Maria Leocádia Fernandes Tavares de Barros Gomes. O seu avô paterno era Bernardino António Gomes, um conhecido médico e especialista em botânica brasileira, introdutor das técnicas vacínicas em Portugal. Um seu irmão foi o engenheiro florestal e cientista Bernardino António de Barros Gomes.

Casou com Rita Pinheiro Pessoa de Barros e Sá, filha de António José de Barros e Sá, conselheiro, deputado, ministro e par do Reino. Deste casamento teve três filhos:

  • António Pessoa de Barros Gomes,[3] Advogado e exerceu o cargo de Administrador do antigo 2.º Bairro de Lisboa. Casado (sem filhos) com Maria Adelaide da Graça Oliveira Monteiro de Barros Gomes, filha do seu amigo e correligionário do Partido Progressista do Porto, António de Oliveira Monteiro.
  • Bernardino António Pessoa de Barros Gomes, casado (sem filhos) em segundas núpsias com D.ª Maria Theresa José de Mello de Barros Gomes;
  • Henrique de Barros Gomes
  • Maria Leocádia Pessoa de Barros Gomes.

Os anos formativos (1843-1869)

Depois de estudos preparatório, matriculou-se em 1861, aos 18 anos de idade, na Escola Politécnica de Lisboa, onde fez, com distinção, o curso preparatório para oficiais do Estado-Maior e de Engenharia Militar, assim como de Engenharia Civil, terminando o curso em 1865 e obtendo o primeiro prémio em cinco cadeiras e a qualificação para premiado em todas as outras do curso geral.

Durante esta fase da sua vida, interessou-se pelo estudo da Matemática e da Astronomia, sendo autor de diversos escritos sobre esses temas, com destaque para os artigos A Astronomia Moderna e a Questão das Paralaxes Siderais, que publicou no Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes da Academia Real das Ciências de Lisboa, sendo feito seu sócio correspondente. Esse interesse levaria também a que em 1875 fosse um dos fundadores da Sociedade de Geografia de Lisboa, da qual foi sócio efetivo, mantendo profícua participação nos seus órgãos e atividades.

Com apenas 25 anos, foi eleito deputado círculo de Torres Novas nas eleições gerais que se realizaram a 11 de abril de 1869 (17.ª legislatura), iniciando assim o seu percurso parlamentar e a sua participação na vida política ativa.

Um idealista da criação de uma Universidade Católica para Portugal, escreveu sobre os progressos do catolicismo na sociedade Norte Americana, coroando-os com a inauguração da Universidade Católica de Washington em 13 de Novembro de 1889, conforme explica o Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente em "Universidade Católica Portuguesa: Uma realização de longas expectativas"

A primeira experiência parlamentar (1869-1871)

Eleito deputado do Partido Reformista pelo círculo de Torres Novas, prestou juramento a 4 de maio de 1869, iniciando nesse dia a sua carreira parlamentar. Em sinal de destaque, logo nesta legislatura, apesar de estreante, já exerceu as funções de segundo secretário da Mesa da Câmara dos Deputados.

Na sua primeira intervenção como deputado, feita a 10 de julho de 1869, discorreu sobre a distribuição pelos distritos da contribuição predial, causando sensação o seu conhecimento e a profundidade da investigação que realizara sobre o tema. Este discurso lançou-o, no parlamento e na imprensa, como o grande especialista em matérias fiscais e de finanças públicas, temáticas que, a par das matérias coloniais, dominariam toda a sua atividade parlamentar e boa parte da sua atividade governativa. Também lhe abriu as portas da eleição para diretor do Banco de Portugal, que ocorreria em 1873.

Seria de novo eleito deputado para as legislaturas seguintes, 1870 e 1870-1871, pelo círculo de Santarém.

Como deputado, fez parte da Comissão da Fazenda (1870 e 1871) e da Comissão dos Expostos (1870), havendo sobressaído, nessa primeira experiência parlamentar, a forma como tratou a questão das contribuições de rendas de casas e sumptuária, a discussão do Orçamento de Estado para 1870, os seus relatórios sobre as reformas fiscais, em especial do real de água, da abolição das isenções fiscais às empresas financeiras e sociedades anónimas de Portugal e Ilhas Adjacentes, e sobre as contas da Junta do Crédito Público. Outra matéria em que se destacou foi na discussão do controverso empréstimo de 18 000 contos de réis que o Governo pretendeu realizar em 1870.

Por esta altura ligou-se à gestão da Sociedade das Casas de Asilo da Infância Desvalida de Lisboa, atividade que manteria durante toda a vida.

A direção do Banco de Portugal (1873-1898)

Nota de 500 réis

Em 1873 foi eleito diretor do Banco de Portugal, cargo que exerceu, com algumas interrupções, até 1898. No ano de 1887 foi presidente da respetiva direção, sendo em 1891, face à crise monetária que então se desenvolveu, temporariamente vice-governador da instituição. Voltou a ser vice-governador em 1897.

Teve um papel relevante na direção do Banco de Portugal, em especial em 1874, quando contribuiu para o sucesso do empréstimo nacional português e para a renegociação do contrato entre o Banco e o Estado português.

Ainda em 1874, foi eleito vereador do pelouro dos Negócios da Fazenda da Câmara Municipal de Lisboa, sendo simultaneamente presidente da Associação Comercial de Lisboa.

Em 1876 teve um papel importante no debelar da crise bancária que então ocorreu, tenso publicado um extenso relatório sobre o sucedido. Nesse mesmo ano foi enviado ao Funchal, por ocasião da crise comercial que ameaçava a ilha da Madeira, desempenhando aí um importante papel na conciliação dos interesses do Banco de Portugal com os das casas de comércio madeirenses.

Em 1876, foi um dos fundadores do Partido Progressista, que resultou da fusão dos Partido Histórico e Partido Reformista no célebre Pacto da Granja e foi eleito, em 1878, procurador à Junta Geral do Distrito de Lisboa.

Quando em 29 de Maio de 1879 o Partido Progressista foi chamado a formar governo, tendo como presidente do ministério Anselmo José Braamcamp, foi nomeado ministro dos Negócios da Fazenda, cargo de que tomou posse a 1 de Junho de 1879, demitindo-se nessa data do lugar de diretor do Banco de Portugal.

Ministro da Fazenda (1879-1881)

Caricatura do Ministro da Fazenda Henrique de Barros Gomes da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro.

Tendo tomado posse a 1 de junho de 1879 do cargo de ministro dos Negócios da Fazenda,[4] manteve-se à frente dessa pasta até 23 de março de 1881, data em que o Partido Regenerador, capitaneado por António Rodrigues Sampaio, assumiu o poder. Nesse período empenhou-se em algumas reformas, como a da décima de juros e do imposto de selo, e criou a Caixa Económica Portuguesa no âmbito da Caixa Geral de Depósitos.

Foi um ministro cauteloso e técnico, com marcada tendência reformista, conseguindo manter as depauperadas finanças públicas portuguesas em relativo equilíbrio.

A segunda fase parlamentar (1880-1886)

O regresso à Câmara dos Deputados deu-se na sequência das eleições gerais de 19 de outubro de 1879, para a 23.ª legislatura (1880-1881), quando foi eleito pelo círculo de Santarém e acessoriamente pelo de Montalegre. Como na altura da eleição era ministro da Fazenda, apenas tomou posse do lugar em abril de 1881, após a sua saída do governo.

Na 25.ª legislatura (1884-1887) foi novamente eleito por Montalegre, o mesmo acontecendo nas eleições gerais que se realizaram em 6 de março de 1887, não chegando contudo a prestar juramento por entretanto ter sido nomeado par do Reino por carta régia de 31 de março daquele ano.

Nesta sua segunda passagem pela Câmara dos Deputados voltou a integrar a Comissão da Fazenda, destacando-se na discussão de matérias orçamentais e fiscais, nomeadamente a reorganização das alfândegas (1885) e o estabelecimento da contribuição industrial (1885). Também defendeu o Tratado do Zaire (1885) e a criação do distrito do Congo, em Angola.

O governo de José Luciano de Castro (1886-1890)

O Ocidente: revista ilustrada de Portugal e do estrangeiro.

Voltou a ter funções governativas no governo presidido por José Luciano de Castro, o qual se demitiu em bloco na sequência do ultimato britânico de 1890. Nesse governo assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros,[5] entre 20 de fevereiro de 1886 e 14 de janeiro de 1890, a pasta da Marinha e Ultramar, entre 9 de maio e 15 de setembro de 1887, e, interinamente, a pasta dos Negócios da Fazenda, entre 23 de Fevereiro e 9 de novembro de 1889.

No desempenho do cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros teve um importante papel em matérias referentes às colónias africanas de Portugal, então sob grande pressão por parte das potências europeias, em especial da Grã-Bretanha e da Alemanha, na sequência das deliberações da Conferência de Berlim sobre o conceito de efetiva ocupação.

Deve-se a Barros Gomes o sucesso nas negociações com a Alemanha que permitiram acordar os limites das esferas de influência de cada um dos Estados no continente africano.

Também durante o seu mandato foi celebrada uma Concordata com a Santa Sé, que permitiu apaziguar as tensões existentes entre a Igreja Católica Romana e o Estado português e melhorar a articulação em matéria missionária nas colónias de África.

Como Ministro da Marinha e Ultramar empenhou-se na promoção de expedições que pudessem comprovar a efetiva ocupação dos territórios pretendidos por Portugal em África. Foi neste contexto que apareceu oficialmente o chamado mapa cor-de-rosa, com a pretensão portuguesa de um território que se estendesse de Angola à contra-costa, em colisão frontal com o objetivo britânico de um território do Cairo à Cidade do Cabo. Embora Barros Gomes sempre tenha negado a paternidade do famigerado mapa, foram-lhe sempre assacadas as responsabilidades pelo seu intempestivo aparecimento.

O Ultimato Britânico de 1890

Caricatura da autoria de Rafael Bordalo Pinheiro de John Bull (personagem Inglesa personificada) e o Ministro dos Negócios Estrangeiros Henrique de Barros Gomes.

O resultado do mapa cor-de-rosa foi o ultimato britânico de 1890, com o rei D. Carlos I de Portugal a apressar-se a comunicar a cedência portuguesa a todas as exigências britânicas, o que causou uma tempestade na opinião pública, com um generalizado sentimento de ultraje nacional. Em resultado o governo demitiu-se, sendo Barros Gomes, apesar de não ter objetivamente responsabilidades pelo sucedido, a sofrer múltiplas manifestações públicas de hostilidade.

No dia 12 de janeiro de 1890, quando Lisboa acorda com a notícia do ultimatum surgem os primeiros alarmes. Os periódicos anunciam a possibilidade de Lisboa ser bombardeada pelos cruzadores britânicos, em resposta à eventual recusa do governo em mandar retirar as tropas portuguesas, lideradas por Serpa Pinto, dos territorios ocupados no interior de Moçambique, os denominados territórios dos Makololos e dos Machonas. Tais notícias alteram o pacato quotidiano. Ao longo do dia a agitação aumenta e pelo cair da noite, a população enfurecida, parte do Café Martinho da Arcada, num violento protesto que se dirigiu pela Rua Augusta até ao Rossio. Neste clima de esfervecência dirigem-se à Sociedade de Geografia, que foi palco de manifestações, enquanto Luciano Cordeiro discursava de uma das varandas. A manifestação corre as ruas da cidade e para em frente da casa do ministro Barros Gomes, o número 4 do Alto de Santa Catarina, depois dos protestos, o povo acabou por apedrejar a residência, deixando estilhaçadas todas as vidraças da extensa fachada, em seguida dirigiram-se ao Consulado Britânico, e à semelhança da casa do ministro, apedrejam o edifício e arrancam o escudo da fachada.[6]

Par do Reino (1887-1898)

Por Carta Régia de 31 de março de 1887, foi feito Par do Reino, tomando posse na sessão da respetiva câmara de 18 de abril do mesmo ano.

Na Câmara dos Pares a atividade de Barros Gomes voltou a centrar-se nas questões fiscais e de finanças públicas, mas agora com uma maior intervenção em matérias coloniais e de negócios estrangeiros, nomeadamente as questões da manutenção da soberania portuguesa em África. Nesta matéria pugnou pela melhoria da administração portuguesa nas colónias, em especial no que respeitava ao aproveitamento das riquezas naturais e ao aperfeiçoamento moral das suas populações.

Numa manobra destinada a demonstrar o pouco conhecimento existente sobre as matérias coloniais, solicitou que o governo promovesse a edição e venda de publicações sobre temática colonial, reduzindo assim a dependência que existia em relação a publicações estrangeiras, em geral vistas como não isentas e contrárias aos interesses portugueses.

Foi um defensor da Companhia de Moçambique e da manutenção dos capitais da Mala Real Portuguesa em mãos portuguesas, por forma a evitar que as ligações marítimas com África ficassem na dependência de estrangeiros.

Opôs-se a alteração do monopólio dos tabacos, uma matéria que iria envenenar a vida política portuguesa ao longo das duas décadas seguintes, provocando mesmo a queda de diversos ministros e governos.

A última experiência governativa (1897-1898)

Quando José Luciano de Castro regressou ao poder, foi nomeado ministro da Marinha e Ultramar[7] em 5 de fevereiro de 1897, mantendo-se nesse cargo até 9 de Novembro desse ano, data em que foi nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros, depois de ter exercido a pasta interinamente de 7 de fevereiro a 10 de março daquele ano.

Abandonou as funções de Ministro dos Negócios Estrangeiros a 18 de agosto de 1898 devido à doença que o vitimaria pouco depois. Faleceu[8] na Quinta das Ladeiras, em Alcanhões, Santarém, a 15 de novembro de 1898 e foi sepultado no jazigo da família Barros-Gomes, jazigo 74, rua 27, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa.

Falecimento (transcrição da notícia de jornal - quarta-feira de 16 de novembro de 1898):

Notícia falecimento de Henrique Barros Gomes

Teve ontem um ponto final, pela morte, o terrível martírio que estava sofrendo, sem esperanças de salvação, o ilustre estadista.

Sentimos, mas sinceramente, a sua morte: Barros Gomes era um caráter; era tão inteligente como ilustrado, possuindo uma complexidade de conhecimentos como é raro encontrar num homemque se dedique à politica, deixando-se absorver por ela. Orador, sua palavra, sempre fácil e correta, era por vezes eloquente; escrevendo, o seu estilo, mais cuidado que espontâneo, tinha a sobriedade do saber, como se lê do seu livro Convicções, dos seus relatórios e das palavras de que acompanhou uma obra de Oliveira Martins, que tinha por ele uma admiração singular.

Sem espírito de melindre para ninguém, Barros Gomes era a primeira capacidade do seu partido, e seria incontestável a sua chafatura, quando morreu Anselmo Braamcamp, se tivesse, o que não teve nunca, o trato íntimo dos políticos.

Foi reformista, e sob os auspicios deste efemero partido veio pela primeira vez ao parlamento, dedicando-lhe muito afeto e profetizando-lhe uma carreira distinta o valente Marquez de Sá.

Feita a coligação de 76, de onde proveio o partido progressista, Barros Gomes entrou logo no primeiro ministério a que ele foi chamado, regendo a pasta da Fazenda de fins de 1879 a princípios de 81.

Depois entrou nas duas situações presididas pelo sr. José Luciano de Castro, dirigindo por vezes as pastas dos Negócios Estrangeiros e da Marinha.

O atual ministério, organizado em Fevereiro de 1897, encontrou já muito combalido o ilustre estadista. Ofereceu ele, segundo disse, dificuldades à aceitação de uma pasta, mas a dedicaçãopartidária muito pôde, e cedeu.

Mas por fim não pôde mais, e saiu, até que a morte, que há muito se andava avizinhando, lhe foi dar o golpe de misericórdia na sua quinta de Alcanhões, subúrbios de Santarém, onde ele fôra procurar dias de descanso, que vieram a ser os da eternidade.

O conselheiro de Estado Henrique de Barros Gomes, digno par do Reino e diretor do Banco de Portugal, estava, pela idade, na força da vida, pois ainda não contava 60 anos. Mas o seu organismo fraco e as sensações fortes da política abreviaram-lhe a existência.

O seu nome foi muito discutido, mas de todas as discussões saiu sempre um nome digno. Principalmente, quando foi do Ultimatum, houve grandes discussões em volta das suas responsabilidades, mas sejam estas quais forem para liquidação da história, o que pode desde já afirmar-se é que ele procedeu desejando e querendo bem servir a Pátria.

Uma das feições mais típicas e simpáticas da sua individualidade distinta era a de um externo espírito religioso. Mas sem afrontar as crenças alheias, mas sem procurar o que é maior título de nobreza tirar, por seita, quaisquer interesses das suas crenças e da sua fé.

Com esta orientação, escreveu o livro a que acima nos referimos, e foi, em tempo, um dos colaboradores mais ativos do Correio Nacional, e dos que maior brilho lhe deram.

Está de luto uma família ilustre, de que Barros Gomes era um chefe modelo; está de luto um partido constitucional, de que Barros Gomes era um dirigente prestigioso. Por isso nós, sentindo, mais sinceramente, a sua morte, juntamos o nosso luto ao da sua família estremecida e ao seu partido dedicado. Glória no céu ao seu espírito, pois que foi na terra a sua vida!

O sr. Conselheiro Barros Gomes tinha 55 anos de idade. Era natural de Lisboa e filho do Concelheiro dr. Bernardino António Gomes e da sr.ª D. Maria Leocádia Fernandes Tavares de Barros Gomes.

Fez, distintamente, o curso completo da Escola politécnica de 1861 a 1866, obtendo os primeiros prémios em todas as cadeiras. Ainda estudante publicou um trabalho de primeira ordem, sobre astronomia, que lhe valeu a admissão na Academia Real das Ciências, como sócio correspondente. Esta obra intitula-se A astronomia moderna e a questão das paralaxes siderais e foi públicada pela academia no Jornal das ciências matemáticas, físicas e naturais, saindo depois em volume separado. -//-

Sua Magestade El-Rei (Carlos I de Portugal) logo que teve conhecimento da morte de Barros Gomes, escreveu uma carta à desolada viuva do ilustre estadista, endereçando-lhe as sua condolências.

O Sr. Conselheiro Eduardo Montufar Barreiros, secretário geral do ministério dos Negócios Estrangeiros, telegrafou à viúva do sr. Barros Gomes, transmitindo o sentido pesame de todos os empregados da secretaria pelo falecimento do seu antigo ministro.

Os diretores do Banco de Portugal telegrafaram à viúva de Barros Gomes enviando-lhe sentidos pêsames.

Em seguida foram expedidos idênticos telegramas pelo sr. Conselheiro Júlio de Vilhena, governador do Banco, e pelo conselheiro fiscal.

Honras e condecorações

Foi condecorado com a grã-cruz:

E também com as seguintes Ordens Honoríficas:

Obras publicadas

Barros Gomes escreveu numerosos artigos, na maior parte sobre economia e finanças públicas, sobretudo no Jornal do Comércio de Lisboa e no Comércio do Porto. Também publicou numerosos relatórios sobre economia, finanças e estatística, na sua maioria resultado da sua actividade pública, bem como a transcrição de algumas das suas intervenções parlamentares. Publicou um folhetim literário, intitulado Uma Digressão a Constantinopla, e um volume contendo temas de política, religião e literatura, intitulado Convicções. Foi diretor dos Arquivos médico-coloniais[9] (1889-1890) e também se encontra colaboração da sua autoria na revista Branco e Negro[10] (1896-1898).

Sem de forma alguma ser exaustiva, são as seguintes as suas obras publicadas mais importantes:

  • Henrique de Barros Gomes (1869), Uma digressão a Constantinopla, folhetim saído no Jornal do Comércio, Lisboa.
  • Henrique de Barros Gomes (1870), A astronomia moderna, e a questão das parallaxes sideraes, Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes, Academia Real das Sciencias de Lisboa, III (10): 73-114. Matemática.
  • Henrique de Barros Gomes (1871), A astronomia moderna, e a questão das parallaxes sideraes, Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes, Academia Real das Sciencias de Lisboa, III (11): 139-151. Física. Astronomia.
  • Henrique de Barros Gomes (1871), A astronomia moderna, e a questão das parallaxes sideraes, Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes, Academia Real das Sciencias de Lisboa, III (12): 203-231. Física. Astronomia.
  • Henrique de Barros Gomes (1872), A astronomia moderna, e a questão das parallaxes sideraes, Jornal de Sciencias Mathematicas, Physicas e Naturaes, Academia Real das Sciencias de Lisboa, IV (13): 1-29. Matemática.
  • Henrique de Barros Gomes (1896), Convicções, Lisboa.
  • Henrique de Barros Gomes (1896), Introdução, na edição póstuma da obra de Oliveira Martins, O Príncipe Perfeiro, Lisboa.
  • Henrique de Barros Gomes (1899), Homenagem das missões do Congo e de Angola, Edição especial de Portugal em África, Typografia da Companhia Nova Editora, Lisboa.

Referências

  1. Contribuição de decima de juros
  2. Cardoso, José Vitorino (17 de novembro de 1898). «Barros Gomes» (PDF). Diário de Ilustrado. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  3. «António Pessoa de Barros Gomes». pesquisa.auc.uc.pt. Consultado em 10 de junho de 2016 
  4. Mercês, Francisco António das (16 de junho de 1879). «O Novo Ministério». O Occidente - Revista illustrada de Portugal e do estrageiro.: 93. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  5. Mercês, Francisco António das (1 de março de 1886). «O Novo Ministério» (PDF). O Occidente - Revista illustrada de Portugal e do estrangeiro.: 52. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  6. CINTRA TORRES, Eduardo (janeiro de 2007). «A utopia descendo a Rua do Almada» (PDF). Revista do Departamento de Sociologia da FLUP. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  7. Pereira, António Maria (Março de 1896). «Branco e Negro: Semanário Ilustrado» (PDF). O Novo Ministério: 368. Consultado em 24 de fevereiro de 2020 
  8. Cardoso, José Vitorino (17 de novembro de 1898). «Barros Gomes» (PDF). Diário Ilustrado 
  9. Alda Anastácio (14 de Março de 2019). «Ficha histórica:Archivos medico-coloniaes(1889-1890)» (pdf). Hemeroteca Municipal de Lisboa. Consultado em 25 de Março de 2019 
  10. Branco e Negro : semanario illustrado (1896-1898) [cópia digital, Hemeroteca Municipal]
  • Maria Filomena Mónica (coordenadora), Dicionário Biográfico Parlamentar (1834-1910), vol. II, pp. 335–338, Assembleia da República, Lisboa, 2005 (ISBN 972-671-145-2).

Ligações externas

  • «Henrique de Barros Gomes» (PDF) 
  • «Retrato de Barros Gomes, por Cruz Caldas» 
  • Política Diplomática, Militar e Social do Reinado de D. Carlos no Centenário da sua Morte, Lisboa, Comissão Portuguesa de História Militar, 2009
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Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) José António Ferreira Brak-Lamy José Dionísio da Serra José Xavier Mouzinho da Silveira José da Silva Carvalho (inicialmente interino) Francisco António de Campos José da Silva Carvalho (2.ª vez) Francisco António de Campos (2.ª vez) José Jorge Loureiro (interino) José da Silva Carvalho (3.ª vez) Visconde de Sá da Bandeira Visconde de Porto Covo (não empossado) Passos Manuel (interino) João de Oliveira Manuel António de Carvalho (interino) Flórido Rodrigues Pereira Ferraz • Manuel Gonçalves de Miranda Barão do Tojal (2.ª vez) António José de Ávila (interino no final) Junta Provisória de Governo José Jorge Loureiro (2.ª vez; interino) Barão do Tojal (3.ª vez) Duque de Palmela (inicialmente interino) Júlio Gomes da Silva Sanches Visconde de Oliveira (interino) Visconde de Algés (interino) Conde do Tojal (4.ª vez) Marino Miguel Franzini Joaquim José Falcão • António Roberto Lopes Branco • António José de Ávila (2.ª vez) Marino Miguel Franzini (2.ª vez; inicialmente interino) Francisco da Silva Ferrão • António Maria de Fontes Pereira de Melo (inic. interino) Frederico Guilherme da Silva Pereira (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (continuação) José Jorge Loureiro (3.ª vez; interino) Júlio Gomes da Silva Sanches (2.ª vez; interino) António José de Ávila (3.ª vez) José Maria do Casal Ribeiro António José de Ávila (4.ª vez) Joaquim Tomás Lobo de Ávila Matias de Carvalho e Vasconcelos Conde de Ávila (5.ª vez) António Maria de Fontes Pereira de Melo (2.ª vez) José Dias Ferreira Carlos Bento da Silva Sebastião Lopes de Calheiros e Meneses (interino) Carlos Bento da Silva (continuação) Sebastião Lopes de Calheiros e Meneses (interino) Conde de Samodães Augusto Saraiva de Carvalho Anselmo José Braamcamp Duque de Saldanha (interino) José Dias Ferreira (2.ª vez) Conde de Magalhães Marquês de Ávila (6.ª vez) Carlos Bento da Silva (2.ª vez; inicialmente interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (3.ª vez) António Cardoso Avelino (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (3.ª vez; continuação) António Serpa Carlos Bento da Silva (3.ª vez) José de Melo Gouveia (interino) António Serpa (2.ª vez) Henrique de Barros Gomes • Lopo Vaz de Sampaio e Melo António José de Barros e Sá (interino) Lopo Vaz de Sampaio e Melo (continuação) António Maria de Fontes Pereira de Melo (4.ª vez) Júlio de Vilhena (interino) António Maria de Fontes Pereira de Melo (4.ª vez; continuação) Ernesto Hintze Ribeiro Mariano de Carvalho Henrique de Barros Gomes (2.ª vez; interino) Augusto José da Cunha João Franco José de Melo Gouveia (2.ª vez) Augusto José da Cunha (2.ª vez) Mariano de Carvalho (2.ª vez) Alberto António de Morais Carvalho (interino) Mariano de Carvalho (2.ª vez; continuação) Joaquim Pedro de Oliveira Martins José Dias Ferreira (3.ª vez) Pedro Vítor da Costa Sequeira (interino) José Dias Ferreira (3.ª vez; continuação) Augusto Fuschini Ernesto Hintze Ribeiro (2.ª vez) Frederico Ressano Garcia António Eduardo Vilaça (interino) Manuel Afonso de Espregueira Anselmo de Andrade Fernando Matoso dos Santos António Teixeira de Sousa Rodrigo Afonso Pequito • Manuel Afonso de Espregueira (2.ª vez) Conde de Penha Garcia António Teixeira de Sousa (2.ª vez) Ernesto Driesel Schröeter Fernando Martins de Carvalho • Manuel Afonso de Espregueira (3.ª vez) João Soares Branco Francisco de Paula de Azeredo • João Soares Branco (2.ª vez) Anselmo de Andrade (2.ª vez)

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Luís Mouzinho de Albuquerque António César de Vasconcelos Correia (interino) Joaquim de Sousa Quevedo Pizarro Agostinho José Freire (interino) Luís Mouzinho de Albuquerque (2.ª vez) Bernardo de Sá Nogueira José da Silva Carvalho (interino) Marquês de Loulé (interino) Agostinho José Freire (2.ª vez; interino) Francisco Margiochi Agostinho José Freire (3.ª vez) Conde de Vila Real Conde de Linhares Marquês de Loulé (2.ª vez) António Aloísio Jervis de Atouguia Visconde de Sá da Bandeira (2.ª vez) Manuel Gonçalves de Miranda António César de Vasconcelos Correia (não empossado) Conde de Lumiares (interino) José Xavier Bressane Leite (não empossado) António Vieira de Castro Visconde de Sá da Bandeira (3.ª vez; interino) Visconde de Bóbeda (2.ª vez; interino) Visconde de Sá da Bandeira (não empossado) Visconde de Bóbeda (2.ª vez cont.; interino) João de Oliveira (interino) Barão do Bonfim Visconde de Sá da Bandeira (4.ª vez; interino) Barão de Sabrosa (interino) Francisco Aguiar Ottolini • Conde do Bonfim (interino) Conde de Vila Real (2.ª vez) Conde do Bonfim (2.ª vez; interino) Manuel Gonçalves de Miranda (2.ª vez) Conde do Bonfim (3.ª vez; interino) José Ferreira Pestana António Aloísio Jervis de Atouguia (2.ª vez) Junta Provisória de Governo José Jorge Loureiro António José Campelo • Barão do Tojal (interino) Joaquim José Falcão (inicialmente interino) Duque da Terceira (interino) Luís Mouzinho de Albuquerque (não empossado) José Jorge Loureiro (2.ª vez) Luís Mouzinho de Albuquerque (3.ª vez) Manuel de Portugal e Castro Conde do Tojal (2.ª vez; interino) João de Fontes Pereira de Melo Agostinho Albano • Barão de Vila Nova de Ourém Visconde de Castro (interino) Barão de Vila Nova de Ourém (2.ª vez; interino) Flórido Rodrigues Pereira Ferraz • Barão de Francos (interino) Barão da Luz (interino) Marquês de Loulé (3.ª vez) António Maria de Fontes Pereira de Melo Visconde de Atouguia (3.ª vez) Visconde de Sá da Bandeira (5.ª vez) Adriano Ferreri • António Maria de Fontes Pereira de Melo (2.ª vez; interino) José Marcelino de Sá Vargas Carlos Bento da Silva José da Silva Mendes Leal João Crisóstomo (interino) Duque de Loulé (4.ª vez) Marquês de Sá da Bandeira (6.ª vez; interino) Visconde da Praia Grande de Macau José Rodrigues Coelho do Amaral José Maria Latino Coelho Luís Augusto Rebelo da Silva Duque de Saldanha (interino) António da Costa • Luís da Câmara Leme Marquês de Sá da Bandeira (7.ª vez; interino) José de Melo Gouveia Jaime Moniz João de Andrade Corvo (interino) José de Melo Gouveia (2.ª vez) Tomás Ribeiro João de Andrade Corvo (interino) Marquês de Sabugosa Anselmo José Braamcamp (interino) Visconde de São Januário Júlio de Vilhena José de Melo Gouveia (3.ª vez) José Vicente Barbosa du Bocage Júlio de Vilhena (interino) José Vicente Barbosa du Bocage (continuação) Manuel Pinheiro Chagas Henrique de Macedo Henrique de Barros Gomes (interino) Henrique de Macedo (continuação) Henrique de Barros Gomes (interino) Henrique de Macedo (2.ª vez) Henrique de Barros Gomes (2.ª vez; interino) Frederico Ressano Garcia João Arroio Júlio de Vilhena (2.ª vez) António Enes Júlio de Vilhena (3.ª vez) Conde de Valbom (interino) Júlio de Vilhena (3.ª vez; continuação) Francisco Ferreira do Amaral João António das Neves Ferreira José Bento Ferreira de Almeida Jacinto Cândido Henrique de Barros Gomes (3.ª vez) Francisco da Veiga Beirão (interino) Henrique de Barros Gomes (3.ª vez; continuação) Francisco Felisberto Dias Costa António Eduardo Vilaça António Teixeira de Sousa Manuel Rafael Gorjão Manuel Moreira Júnior António de Azevedo Castelo Branco Aires de Ornelas António Carlos Vasconcelos Porto (interino) Aires de Ornelas (continuação) Augusto de Castilho António Cabral João de Azevedo Coutinho Manuel da Terra Pereira Viana João de Azevedo Coutinho (2.ª vez) José Marnoco e Sousa

Bandeira de Portugal (1830–1910)
« Miguelismo
Primeira República »
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Luís Mouzinho de Albuquerque Conde de Ficalho (interino) José António Ferreira Brak-Lamy Joaquim de Sousa Quevedo Pizarro Marquês de Palmela Agostinho José Freire (interino) Marquês de Palmela (continuação) Agostinho José Freire (interino) Marquês de Loulé Cândido José Xavier (interino) Agostinho José Freire (interino) Conde de Vila Real Duque de Palmela (2.ª vez) Conde de Vila Real (2.ª vez) Duque de Palmela (3.ª vez) Marquês de Loulé (2.ª vez) Conde de Vila Real (3.ª vez) Visconde de Sá da Bandeira (interino) Marquês de Valença (não empossado) Visconde de Sá da Bandeira (continuação) Manuel de Castro Pereira • Visconde de Sá da Bandeira (2.ª vez) Barão de Sabrosa (interino) Visconde da Carreira (não empossado) Conde do Bonfim (interino) Conde de Vila Real (4.ª vez) Rodrigo da Fonseca (interino) Visconde de Torre de Moncorvo (não empossado) Rodrigo da Fonseca (continuação; inicialmente interino) Duque de Palmela (4.ª vez) Junta Provisória de Governo Duque da Terceira (interino) José Joaquim Gomes de Castro Marquês de Saldanha (não empossado) Duque da Terceira (2.ª vez; interino) Conde do Lavradio Visconde da Carreira (não empossado) Marquês de Saldanha (interino) Manuel de Portugal e Castro (interino) Ildefonso Bayard Barão da Luz Duque de Saldanha (2.ª vez) José Joaquim Gomes de Castro, 1.º Conde de Castro (2.ª vez) Duque de Saldanha (interino) José Joaquim Gomes de Castro (2.ª vez; continuação) Conde do Tojal Barão da Luz (2.ª vez; interino) António Aloísio Jervis de Atouguia Visconde de Almeida Garrett Visconde de Atouguia (2.ª vez; inicialmente interino) Marquês de Loulé (3.ª vez) Duque da Terceira (3.ª vez) José Maria do Casal Ribeiro (inicialmente interino) António José de Ávila Marquês de Loulé (4.ª vez) Visconde de Sá da Bandeira (interino) Duque de Loulé (4.ª vez; continuação) Conde de Ávila (2.ª vez) Visconde de Castro (3.ª vez) José Maria do Casal Ribeiro (2.ª vez) João de Andrade Corvo (interino) José Maria do Casal Ribeiro (2.ª vez; continuação) João de Andrade Corvo (interino) José Maria do Casal Ribeiro (2.ª vez; continuação) Conde de Ávila (3.ª vez) Carlos Bento da Silva (interino) Marquês de Sá da Bandeira (interino) Carlos Bento da Silva (interino; continuação) Marquês de Sá da Bandeira (3.ª vez; interino) José da Silva Mendes Leal Duque de Loulé (interino) José da Silva Mendes Leal (continuação) Duque de Saldanha (3.ª vez; interino) Marquês de Ávila (4.ª vez; interino) Carlos Bento da Silva (2.ª vez; interino) Marquês de Ávila (5.ª vez; interino no final) João de Andrade Corvo António Serpa (interino) João de Andrade Corvo (continuação) António Serpa (interino) João de Andrade Corvo (continuação) Marquês de Ávila (6.ª vez; interino) João de Andrade Corvo (2.ª vez) Anselmo José Braamcamp António Rodrigues Sampaio (interino) Miguel Dantas (interino) Ernesto Hintze Ribeiro (interino) António Serpa Ernesto Hintze Ribeiro (interino) António Serpa (continuação) Ernesto Hintze Ribeiro (interino) António Serpa (continuação) José Vicente Barbosa du Bocage Henrique de Barros Gomes (interino) Ernesto Hintze Ribeiro (3.ª vez) José Vicente Barbosa du Bocage (2.ª vez) Conde de Valbom António Costa Lobo António Aires de Gouveia Francisco Ferreira do Amaral (interino) António Aires de Gouveia (continuação) Francisco Ferreira do Amaral (interino) António Aires de Gouveia (continuação) Francisco Ferreira do Amaral (interino) Ernesto Hintze Ribeiro (4.ª vez) Frederico Arouca Ernesto Hintze Ribeiro (5.ª vez) Carlos Lobo de Ávila Ernesto Hintze Ribeiro (6.ª vez; interino) Luís Pinto de Soveral Henrique de Barros Gomes (interino) Matias de Carvalho e Vasconcelos Henrique de Barros Gomes (2.ª vez) Francisco da Veiga Beirão (inicialmente interino) João Arroio Fernando Matoso dos Santos (interino) Venceslau de Lima António Eduardo Vilaça Venceslau de Lima (2.ª vez) Luís de Magalhães Luciano Monteiro • Venceslau de Lima (3.ª vez) João de Alarcão Carlos du Bocage • António Eduardo Vilaça (2.ª vez) José de Azevedo Castelo Branco

Bandeira de Portugal (1830–1910)
« Antigo Regime
Primeira República »
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  • d
  • e
Presidente do Conselho
de Ministros
Anselmo José Braamcamp, 35.º chefe de governo de Portugal
Ministros e
Secretários de Estado
Reino
Negócios Eclesiásticos
e de Justiça
Fazenda
Henrique de Barros Gomes
Guerra
João Crisóstomo (1879–1880) • José Joaquim de Castro (1880–1881)
Marinha e Ultramar
Marquês de Sabugosa (1879–1880) • Anselmo José Braamcamp interino (1880) • Visconde de São Januário (1880–1881)
Negócios Estrangeiros
Obras Públicas, Comércio
e Indústria
← 36.º governo (1878–1879) • 38.º governo (1881) →
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  • d
  • e
Presidente do Conselho
de Ministros
José Luciano de Castro, 38.º chefe de governo de Portugal
Ministros e
Secretários de Estado
Reino
Negócios Eclesiásticos
e de Justiça
Francisco da Veiga Beirão (1886) • José Luciano de Castro interino (1886) • Francisco da Veiga Beirão continuação (1886–1890)
Fazenda
Mariano de Carvalho (1886–1889) • Henrique de Barros Gomes interino (1889) • Augusto José da Cunha (1889–1890)
Guerra
Visconde de São Januário (1886–1888) • José Joaquim de Castro (1889) • Marino João Franzini (1889–1890)
Marinha e Ultramar
Henrique de Macedo (1886) • Henrique de Barros Gomes interino (1886) • Henrique de Macedo continuação (1886–1887) • Henrique de Barros Gomes interino (1887) • Henrique de Macedo (1887–1888) • Henrique de Barros Gomes interino (1888–1889) • Frederico Ressano Garcia (1889–1890)
Negócios Estrangeiros
Henrique de Barros Gomes
Obras Públicas, Comércio
e Indústria
Emídio Navarro (1886–1889) • Eduardo José Coelho (1889–1890)
← 40.º governo (1883–1886) • 42.º governo (1890) →
  • v
  • d
  • e
Presidente do Conselho
de Ministros
José Luciano de Castro, 43.º chefe de governo de Portugal
Ministros e
Secretários de Estado
Reino
Negócios Eclesiásticos
e de Justiça
Fazenda
Guerra
Francisco Maria da Cunha (1897) • José Luciano de Castro interino (1897) • Francisco Maria da Cunha continuação (1897–1898) • José Luciano de Castro interino (1898) • Francisco Maria da Cunha continuação (1898)
Marinha e Ultramar
Henrique de Barros Gomes (1897) • Francisco da Veiga Beirão interino (1897) • Henrique de Barros Gomes continuação (1897) • Francisco Felisberto Dias Costa (1897–1898)
Negócios Estrangeiros
Henrique de Barros Gomes interino em substituição de Carvalho e Vasconcelos (1897) • Matias de Carvalho e Vasconcelos (1897) • Henrique de Barros Gomes (1897–1898) • Francisco da Veiga Beirão interino (1898)
Obras Públicas, Comércio
e Indústria
← 47.º governo (1893–1897) • 49.º governo (1898–1900) →
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